"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

SHORT-FIC [5/6]: Obsession.

Capítulo Anterior:
Demetria era o que faltava em mim. Ela preenchia meus vazios e, por isso, ela era a única que podia me dar o que eu queria. Porque, por mais que eu tentasse, eu não conseguiria fingir quando estava com ela e mesmo se conseguisse, ela saberia.



Demi’s POV

Domingo, meio-dia e dez.

Acordei sentindo meu corpo sendo balançado lentamente. Abri meus olhos lentamente e encontrei olhos azuis me encarando. Por segundos achei que ainda estivesse sonhando e que aqueles olhos pertenciam à Travis, mas assim que minha visão entrou em foco, encontrei Sterling. Não posso dizer que fiquei triste.
Ele estava vestindo apenas sua cueca azul e seus cabelos louros ainda estavam bagunçados. 
- Bom dia, dorminhoca! – Ele falou sorridente. Sorri.
- Bom dia! – Falei.
- Achei que, talvez, você gostaria de tomar café antes que eu fosse embora. – Falou.
- Não vai embora, não, Ster. – Falei manhosa.
- Ok. Eu passo a tarde com você, se você levantar agora e nós formos tomar café. – Ele falou divertindo.
- E se eu não fizer isso? – Perguntei, provocando-o.
- Irei fazer cócegas.  – Respondeu, aproximando posicionando suas mãos na lateral da minha barriga, local onde eu mais sentia cócegas.
- Certo, você venceu! Vou me levantar. – Falei, me sentando na cama.
- Certo. Vou fazer o café, não demore. – Falou, levantando-se.

Poucos minutos depois me levantei. Busquei minha calcinha em algum lugar do chão e a encontrei ao lado da camisa de Travis, que eu usava ontem. Flash das noites de ontem passaram pela minha cabeça. Sterling. Travis. Eu e Travis brigando.
Depois de Travis de ido embora, daquele jeito, ontem, cheguei à conclusão que eu deveria ir embora. Eu tenho que parar de querer tentar mudar Travis, sendo que ele mesmo não quer mudar. Ele gosta da vida dele assim. Ele gosta de viver fingindo ser quem não é, gosta de viver fingindo sentir o que não sente. E se ele não quer mudar, não será quem vai fazer ele mudar. Eu iria embora.

Vesti minha calcinha e larguei a camisa de Travis. Peguei a camisa de Sterling, que estava jogada no chão e a vesti. Saí do quarto e caminhei lentamente até o banheiro, onde escovei meus dentes e fiz toda minha higienização matinal. Amarrei meu cabelo num coque frouxo e saí do banheiro, caminhando em direção à cozinha e encontrando Sterling.

- Como conseguiu achar as coisas para fazer o café? – Perguntei, me sentando, enquanto observava o loiro fazer o café.
- Sem querer parecer ser mal educado, mas fiquei fuçando os armários do seu irmão. – Respondeu divertido.
- Podemos manter isso em segredo. – Comentei divertida. Ele gargalhou.
- Se você não fizesse isso, eu teria que te matar. – Retrucou, ainda rindo.

Enquanto Sterling terminava de fazer o café, coloquei as xícaras em cima da mesa e depois busquei pão e geleia para fazer torradas. Assim que estava tudo pronto, nos sentamos e começamos a tomar nosso café tranquilamente.  Sterling sentou-se na cadeira à minha frente.

- Então, o que iremos fazer hoje, futuro doutor? – Perguntei divertida, encarando Sterling.
- Não sei. Talvez passear por aí e ficar de bobeira. – Respondeu e logo mordeu sua torrada. – Ah, lembrei! Meus colegas da faculdade vão fazer um churrasco na beira da piscina. Você topa ir? – Perguntou.
- Super topo! – Respondi animada, bebericando meu café.
- Você vai cantar hoje? – Perguntou.
- Sim. Por quê? – Encarei-o.
- Quero ver você, ué. – Respondeu óbvio. Ri.
- Depois da piscina, volto pra casa e te encontro lá. – Falei.
- Ótima ideia. – Concordou.

Quando Sterling e eu terminamos de tomar nosso café, comecei a arrumar a cozinha, pondo tudo no seu devido lugar, para Travis não ficar reclamando não chegasse. Sterling estava me ajudando, apesar de eu dito que não precisava, já que ele tinha feito o café.

- Eu estava pensando em ir embora daqui. – Falei, depois de um longo tempo de silêncio.
- Mas, Demi, daqui a dois meses você já vai embora. – Sterling falou.
- Eu sei. – Ri. – Mas, não digo daqui de Los Angeles e, sim, da casa de Travis. – Expliquei.
- Por que? – Ele perguntou. Travei, enquanto lavava a louça.
- Porque eu e Travis somos diferentes. Não está dando certo. – Menti.
- Você sempre foi péssima mentirosa, sabia?! – Falou divertido. – Eu sei o que aconteceu ontem, Demi. Não sou tão idiota quanto pareço. – Comentou sério. Me virei e encarei. Eu se fosse Sterling, teria rido na minha cara. Pois minha expressão, neste momento, era de pânico.
- Do qu-qu-que você tá falando? – Perguntei, me embolando nas palavras. Ele riu.
- De você e Travis ontem, Demi. Você sabe. – Respondeu calmo.
- Não sei do que você está falando. Travis estava na casa de Jenny. – Falei, me fazendo de desentendida.
- Ele estava, você falou bem. Depois ele veio pra cá. Aí, vocês transaram, depois brigaram e ele foi embora. – Falou ainda calmo. Como Sterling conseguia ser assim?
- O que você, Sterling? – Perguntei séria.
- Nossa, por que você acha que eu quero algo? – Perguntou sério, agora. Até parecia meio ofendido.
- Porque você sabe o que aconteceu e não vai falar nada pra ninguém?! – Falei óbvia.
- Não. – Respondeu sério.
- Por que você faria isso? – Perguntei sem entender.
- Porque eu não sou seu pai, Demi. Também não sou seu irmão, apesar de que, nessa situação, eu gostaria de ser. Mas, principalmente, não mando em você e não tenho direito algum de sair por aí falando sobre a tua vida para os outros. – Falou sério. Minha expressão de pânico foi substituída por uma de surpresa.  Me afastei de da pia e abracei Sterling rapidamente e forte. E, sem mais e nem menos, comecei a chorar. Eu sempre fui chorona, mas nessa hora, estava chorando porque precisava. Precisava por a magoa que sentia de Travis para fora e Sterling para ser a única pessoa que não me julgaria por eu estar apaixonada por meu próprio irmão.
- Sterling, me desculpe, de verdade. Eu não queria fazer isso com você. – Chorava tanto, que chegava a soluçar. Senti uma de Sterling acariciando minhas costas e a outra os meus cabelos. – Eu gosto de você. Gosto muito, de verdade, mas não você e Travis não são as mesmas pessoas. Eu não consigo sentir por ti o que sinto por ele e eu queria muito sentir isso, porque ele não merece nada do que eu sinto por ele.
- Demi, tudo vai ficar bem. – Ele falou calmo. – Ninguém é perfeito. Você não tem culpa por sentir o que sente. Ninguém escolhe quem ama. Tenho certeza que se você pudesse escolher amar alguém, esse alguém seria eu e eu, se pudesse escolher quem amar, não seria você.  – Falou, enquanto acariciava meus cabelos.

Sterling pegou minha mão e me levou até a cadeira, onde me fez sentar. Ele se agachou, posicionando entre minhas pernas e ficou me encarando, enquanto eu chorava feito uma idiota. Eu não sabia nem o que dizer. Por que as coisas não podiam ser fáceis? Eu tinha um garoto maravilhoso na minha frente e não podia passar o resto da minha vida com ele, porque ele não era quem eu queria.
Senti Sterling fazendo uma caricia em meu joelho.
- Você sempre foi tão durona, sempre tão cheia de si, mas também, tão chorona. – Ele comentou, com um sorriso fraco no rosto. Ri baixo.
- Eu sempre fui toda errada, Sterling. – Comentei, enxugando minhas lágrimas.
- Não comece a sentir piedade de si mesma. Isso não combina com você e sabe disso. – Ele falou, segurando meu queixo.
- Desculpa. – Falei baixo, desviando meu olhar do seu. – É que essa situação toda. Não sei como lidar. – Confessei.
- Você vai conseguir lidar com isso de cabeça erguida e se quiser, eu estarei ao seu lado. – Falou. Encarei-o.
- Você é bom demais para ser verdade, sabia? – Perguntei. Ele riu. – Qualquer outra pessoa com certeza sairia correndo por aí dizendo que eu dei pro meu próprio irmão, mas você não, Ster... Por que? – Perguntei séria.
- Porque eu lembro que alguns anos depois que saí de Dallas, minha mãe me ligou dizendo que aconteceu um grande escândalo com a família da minha “amiga problemática” e eu lembro que a única coisa que eu desejava, naquele momento, era pode ir para Dallas e te abraçar muito forte e dizer que tudo estaria bem. – Respondeu. – Demi, eu nunca julguei você. Mesmo quando as pessoas jogavam na sua cara que você era filha da garçonete e que seu pai abandonou sua mãe, eu nunca julguei você, Demi. Porque você era diferente de todos daquele lugar. Apesar das palavras de ódio, você não odiava as pessoas, você não julgava as pessoas. Você apenas queria viver e queria cantar. Qual era o mal nisso? – Ele me encarava com sinceridade. – Ok, você não era a garota mais fácil do universo. Você aprontava, até hoje você apronta. Mas quem não apronta? – Perguntou. Ri. – E também, eu lembro de uma história que o meu tio contou. – Ele suspirou. – Lembro que era Natal. Eu estava trancado no meu quarto, triste e bravo com você ao mesmo tempo. Eu tinha brigado com você, por você ter ficado com o Alex, afinal, você sabia que eu odiava aquele garoto e você era minha melhor amiga. Mas, todos da minha família, estavam felizes e comemorando. Então, meu tio entrou no meu quarto e começamos a conversar. Eu confessei a ele o quanto gostava de você, mas tinha medo de falar isso, porque considerava você a minha melhor amiga e não queria te perder por algo que, talvez, não fosse dar em nada. E ele me contou sobre um grande e único amor que ele teve. O nome dela era Julianne e a história deles é muito parecia com a nossa. – Rimos juntos. – Eles se conheciam desde o colegial e eles eram melhores amigos, como nós. Meu tio era completamente apaixonado por ela e ela também era por ele, apesar de nenhum dos dois dizer nada. Ele me disse que palavras não eram necessárias para ele saber o quanto ela gostava dele e vice versa. Ou, pelo menos, era isso que ele achava. Então, alguns anos depois, quando os dois já estavam terminando a faculdade, Julianne deu a notícia que ia se casar com o melhor amigo do meu tio. Nem preciso dizer o quanto ele ficou arrasado. – Ele suspirou outra vez, mas de um jeito triste. – Claro que antes de tudo isso, Julianne e meu tio se relacionaram por diversas várias, mas nada muito sério, pois nenhum dos dois confessava o que sentia um pelo outro. E no dia do casamento, quando Julianne estava se arrumando, ela chamou meu tio no quarto, onde os dois ficaram sozinhos. Meu tio era o padrinho de casamento de Julianne e ninguém suspeitou quando ela o chamou. E ele me disse que quando a viu de branco, ficou maravilhado. Disse que ela parecia um anjo de tão linda. – Sterling sorriu de lado. – Julianne se aproximou dele e sorriu, de um jeito triste, e disse para ele: “Richard, eu amo você. Sempre te amei e sempre vou te amar. Você nunca disse nada para mim, apesar de eu sentir que você me amava, mas nunca escutei você dizendo isso para mim, e eu tinha medo de ser rejeitada por você. E, apesar de hoje ser meu casamento, eu não estou tão feliz como deveria, porque não é com você quem vou me casar, mas vou me casar com alguém que teve a coragem de dizer o quanto eu sou importante e o quanto me ama”. E ela deu um beijo no rosto dele e saiu do quarto, deixando-o sozinho. Hoje em dia meu tio é sozinho, ele diz que não consegue estar com mulher alguma depois do que escutou de Julianne. E toda vez que ele encontra Julianne, ele sente a mesma dor no coração que sentiu quando ela disse aquilo para ele. – Ele desviou seu olhar do meu, mas logo voltou a me encarar. Eu estava chorando novamente. – E eu não quero passar o resto da minha vida sabendo que não tentei nada com você. Você pode não me amar como eu amo você, mas eu sei que me ama, e talvez, se nós tentarmos, seu amor por mim possa ser igual o meu por você... Ou até mais. Então, você pode ir morar comigo, se quiser... – Finalizou.
- Eu vou sim. – Falei, me jogando no colo dele e beijando-o.

Depois de um tempo nos beijando, Sterling e eu nos levantamos e arrumamos a cozinha devidamente, depois o quarto de Travis e nos arrumamos. Comecei a fazer minha mala, pondo minhas coisas dentro da mesma e Sterling estava me ajudando.

- Demi... – Escutei Sterling me chamar, depois de um longe tempo de silêncio.
- Sim? – Perguntei, encarando-o.
- Você se importa de me dizer o que aconteceu entre você e o Travis, que a cidade ficou sabendo? No dia em que minha mãe me ligou, eu não quis saber, porque eu queria ouvir você me falando. Para mim parecia ser o certo. – Explicou. Sorri.
- Não, Ster. – Levantei do chão, aonde estava sentada arrumando minha mala, e me sentei ao dele na cama. – Bem, você sabe que eu sou uma pessoa que adora provocar os outros. – Sterling riu e concordou com a cabeça. – Lembro que nessa época eu estava fazendo dezoito anos e saí com as meninas para comemorar. Fomos à uma boate e encontramos Travis e seus amigos. Travis estava com uma garota e eu sou muito ciumenta também. Então, fiquei com ciúmes de vê-lo com outra garota. Ela era horrível e ficava se esfregando nele o tempo todo, o que eu achava ridículo. Então, como vingança eu provoquei um dos amigos de Travis e transei com ele no banheiro da boate. E Travis descobriu e brigou com o garoto. Ok, até aí tudo bem, já que eu era a irmãzinha mais nova. Mas o que, realmente fodeu, foi que não contente de ter provocado o amigo de Travis e ter dado para ele, eu também resolvi provocar Travis. Não, essa não foi a primeira vez que nós nos envolvemos. Teve outras vezes também, mas essa foi e é a única que a cidade soube. – Suspirei. – Quando Travis foi me buscar no curso que eu fazia de noite, eu o provoquei e transamos no estacionamento do local, dentro do carro dele. E esse amigo, que Travis brigou por mim, viu e além de tirar algumas fotinhos, também fez um lindo vídeo, que caiu na internet e todos da cidade ficaram sabendo no dia seguinte. – Completei. – Por isso Travis veio cursar faculdade aqui em Los Angeles, por isso ele mora aqui... Pra ficar bem longe de mim e de tudo de ruim que eu causei á ele. Sei que não foi certo o que fiz... Provocar o amigo dele. Mas eu fiz isso, porque estava com ciúmes. Amo Travis e odeio o fato de sermos irmãos. Odeio mais ainda não conseguir deixar de ama-lo e odeio muito mais ter que vê-lo fingir ser alguém que não é. – Encarei Sterling.
- Tenho inveja de Travis! – Sterling confessou, me encarando. Ergui minhas sobrancelhas, em sinal de surpresa. – Ele tem uma garota incrível nas mãos, mas não dá valor á ela. A vida é injusta. – Completou triste.
- Não tenha inveja de Travis, Sterling. Acredite, você é alguém muito melhor que ele. E como você disse não escolhemos quem amamos e eu pudesse escolher para amar, com toda a certeza desse mundo seria você. – Falei, encarando-o, e acariciando sua nuca. – Você é gentil com todos. Você vê o melhor nas pessoas e se esse “melhor” não existe, você arranja. Você tenta ajudar todos que pode. Você é você mesmo. Você ama sem ter medo. Você vai atrás dos seus objetivos. E você não julga ninguém, não importando como a pessoa é. – Ele sorriu. – Eu posso não amar você com a mesma intensidade que amo Travis, mas eu amo você. E não é pouco! – Completei, lhe dando um selinho.
- Certo, vamos terminar com isso daqui e ir embora. Quero cozinhar massa para nosso almoço juntos na nossa casa. – Ele falou, se afastando de mim. Sorri ao ouvir a frase “nossa casa”.

Depois que eu e Sterling terminamos de arrumar minhas coisas, escrevi uma carta para Travis. Saímos do apartamento e eu coloquei a chave, que ele havia me dado, debaixo da porta, empurrando-a com o pé para que ela ficasse do lado de dentro. Pegamos minhas coisas e saímos. Me despedi do porteiro, que pareceu triste ao me ver indo embora.

Sterling morava no centro de Los Angeles. A família Knight era rica e, com certeza, os pais dele fizeram questão de deixa-lo bem confortável enquanto ele cursava sua prestigiada faculdade de medicina.
Sem demoras chegamos ao apartamento de Sterling . Ele estacionou o carro na garagem interna e nós saímos, pegando minhas coisas e caminhando até o elevador, que havia na garagem. Sterling me confessou que morava na cobertura do prédio, ou seja, no último andar.

O elevador parou e nós saímos. Havia um corredor curto e uma única porta. A porta da cobertura. Caminhamos até a mesma e esperei Sterling abrir a porta, assim que feito, ele me indicou com a cabeça para que eu entrar e assim eu o fiz.
- Home, sweet home! – Sterling falou animado, depois de fechar a porta. – Espero que goste daqui.
- Será ótimo, tenho certeza! – Falei, sorridente.
- Então, eu vou te mostrar seu quar... – Eu o interrompi.
- Meu quarto? Não iremos dormir juntos? – Perguntei e ele virou-se para me encarar.
- Ah, eu não sabia se você ia querer... – Respondeu meio sem jeito, mexendo em sua nuca.
- Achei que íamos dar uma chance para nós... – Falei e sorri. Ele sorriu abertamente.
- Ah... Tá... Certo. – Falou embolado. Ele estava com as bochechas vermelhas. Me aproximei dele.
- Você fica tão fofo quando está encabulado! – Falei divertida, apertando suas bochechas. Ele riu.
- Tá, vem... Vou te mostrar nosso quarto! – Falou, pegando na minha mão. – Eu posso te mostrar o restante da casa depois, tenho certeza que vamos ter bastante tempo para conhecer. – Completou.

Sterling me mostrou o quarto. Tinha uma cama enorme, uma televisão grudada à parede, escrivaninha, estante de livros e uma poltrona. Uma porta, que dava para o closet, e outra que era para o banheiro. Ele me disse que poderia pôr todas as minhas coisas no closet, pois com certeza teria espaço e sobraria.

Assim que saímos do closet e voltamos novamente ao quarto, me joguei em sua cama e me estiquei toda. Era tão macia. Eu me sentia no paraíso!
Olhei para porta do closet e vi que Sterling estava parado ali, com os braços cruzados, e sorrindo feito um bobo.
- Ster, vem cá! – Chamei-o. Ele caminhou lentamente e sentou-se ao meu lado. – Obrigada. – Falei abraçando-o.
- Sabe que não precisa agradecer. – Falou, mexendo em meus cabelos.
- Preciso sim. Pare de ser chato! – Falei e fiz uma careta. Ele riu. Deitei-me, encarando, enquanto ele me encarava de um jeito doce.
- Estava pensando... Por que não ficamos aqui, hoje, e de noite vamos ao clube e você me vê cantar?! – Sugeri. – Mas se você quiser podemos ir ao churrasco dos seus colegas. – Falei.
- Não, por mim, eu e você está ótimo! – Ele concordou. – Eu não estava muito afim de ir, na verdade. Só convidei por convidar. – Ele confessou. Ri. – Então, vou lá preparar nosso almoço. – Falou, levantando. Segurei seu pulso, sem força.
- Espera, não vai agora, não. – Pedi manhosa. Sentei-me, dobrando minhas pernas e sentando em cima dos meus próprios pés. Sterling ficou me encarando. Mordi meu lábio inferior. Subi minha mão até chegar em sua nuca, onde fiz uma leve caricia.

Posicionei minha mão livre em sua cintura, onde apertei sem força. Sterling suspirou. Desci minha, que estava em sua nuca, até sua cintura. Acariciei lentamente o local e, logo, adentrei sua camisa com minhas mãos, arranhando seu abdômen. Ele suspirou novamente, só que dessa vez mais fundo. Minhas mãos ergueram sua camisa e, logo, a camisa dele estava em algum lugar do chão. Arranhei mais uma vez seu abdômen e desci minhas mãos para sua calça, abrindo-a e descendo o zíper lentamente. Rapidamente Sterling se jogou para cima de mim, mas sem colocar todo seu peso sobre mim. Abri minhas pernas, com dificuldade, para que ele se encaixasse melhor entre elas.
Grudei meus lábios aos deles e, sem demoras, nossas línguas já estavam se entrelaçando e desentrelaçando uma na outra feroz e rapidamente. Mordi seu lábio inferior e soltei-o aos poucos. Senti as mãos dele apertando minhas coxas com força. Stergling desgrudou seus lábios dos meus e começou a beijar meu pescoço. Minhas mãos estavam arranhando e apertando sua nuca e costas. Seus beijos desceram até chegar aos meus seios, onde ele mordeu por cima da minha roupa. As mãos dele foram até a barra do vestido, que eu usava, e ergueram o mesmo rapidamente. Agora, eu estava apenas de calcinha e sutiã.
                                                                                                                                                                    
Minhas mãos desceram, chegando até a barra de o cós de sua calça e comecei a puxar a mesma para baixo. Sterling se afastou de mim e retirou sua calça, ficando apenas de cueca. Pude ver seu pênis duro sob a cueca cinza. Ele voltou a ficar sobre mim e eu puder pênis roçar em minha vagina. Suas mãos foram parar em meus seios, apertando por cima do sutiã. Na tentativa de Sterling tirar meu sutiã, comecei a rir.
- Deve ser muito engraçado me ver de pau duro e não conseguir encontrar o fecho do seu sutiã, não é? – Perguntou frustrado. Ri mais uma vez.
- Não, bobinho. – Respondi risonha. – É que o sutiã é frontal. – Expliquei, abrindo o sutiã pela frente. Ele fez uma cara de besta e começou a rir.
- Por favor, me avisa quando for usar um desses para eu estar preparado. – Ele comentou ainda rindo e tocando meu sutiã para longe.

Logo a boca de Sterling foi parar em um dos meus seios lambendo e mordendo, sem força, enquanto o outro seio era massageado por sua mão habilidosa. Meus gemidos começavam a ser intensos e altos. Quanto mais eu sentia sua mão ou sua boca sobre meus seios mais eu gemia. Sem perceber estava pressionando meu corpo contra o corpo de Sterling, para poder sentir melhor seu pênis duro e Sterling, parecia perceber isso, já que toda vez que eu fazia isso ele desgrudava sua boca de meu seio para gemer junto comigo.

Depois de um tempo, desci uma de minhas mãos até a chegar à cueca dele, adentrando a mesma e encontrando seu pênis duro. Envolvi minha mão em seu pênis e comecei a fazer movimentos de vaivém. Os gemidos de Sterling começaram a ser constantes e cada vez mais altos.
Retirei sua cueca lentamente, fazendo com que seu pênis saltasse da mesma, assim que liberto. Sterling se afastou de mim e pegou algo dentro do criado-mudo. Era um saco metalizado: camisinha. Ele mesmo pôs em seu pênis e voltou a se encaixar no meio das minhas pernas. Envolvi minhas pernas em sua cintura, para que eu pudesse senti-lo mais próximo e da melhor forma. Ele me penetrou lentamente, fazendo com que eu soltasse um gemido sôfrego.

Sterling uniu suas mãos ás minhas, enquanto me penetrava lentamente. Aquilo era um gesto de carinho, ele estava tentando transmitir o que sentia por mim através do sexo e eu gostei daquilo. Aquela era a primeira vez que nós, que eu, fazia um sexo lento e carinhoso. As estocadas dele eram lentas e em vaivém. Nossos gemidos eram constantes e altos. Sterling fazia questão de gemer em meu ouvido, me deixando mais atiçada, me deixando mais excitada. Eu adorava quando ele fazia aquilo!
Ele soltou suas mãos das minhas e eu agarrei suas costas, arranhando-as lentamente.

Senti todo meu corpo formigando e todo o meu interior se contraiu de uma forma gostosa. Em poucos minutos senti o orgasmo chegando. Soltei um gemido mais alto e mais longo que os outros, assim que senti aquela sensação gostosa entre minhas pernas.
Sterling estocou mais algumas vezes e gozou logo depois de mim, gemendo roucamente em meu ouvido e fazendo todo meu corpo se arrepiar.

Ele saiu de cima de mim e jogou todo o peso de seu corpo ao meu lado, sobre o espaço vazio da cama. Virei-me, ficando de lado, assim como ele, e nós encaramos. Sem entender o porquê começamos a rir um do outro. Eu me sentia feliz e amada. Apesar de não estar com a pessoa que eu amava verdadeiramente.

- Você é tão linda! – Ele falou, acariciando meu rosto. Aproximei meu rosto do seu e uni nossos lábios, lhe dando um beijo demorado e lento. 

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5 e penútilma parte da short, postada! Cacete, esse capítulo ficou muito grande (pelo menos, no word) e eu morri pra escrever, sério mesmo. Achei que nunca fosse conseguir ou terminar. Enfim, Espero que vocês gostem do penúltimo capítulo e comentem o que acham que vai acontecer na parte final. Eu, sinceramente, acho que vou surpreender vocês com a última parte e, talvez até, eu tenho que fazer uma sétima parte, como um extra, pra poder explicar tudo. E também acho que o final não vai ter óbvio como todos pensam,. Enfim (sim, eu falo muito 'enfim'). Comentem o que acham e mais uma vez: Feliz natal! 

2 comentários:

  1. Essa hot-fic digo, short fic ta muito boa kkk Final surpreendente? Parte extra? Ok ja estou curiosa e ansiosa de novo, roendo unhas da mão e ate do pé O.o eu também falo muuuito 'enfim' ja virou vicio, eu tento parar mas enfim ('-' olha ele ai de novo) muito boa suas fics e até.. beijos
    Ass.: Cys

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  2. Gnnnnnnnt, eu amei essa fic ❤❤❤❤❤❤❤
    Eu espero que a Demi e o Travis fiquem juntos, mas eles sendo irmãos fica meio impossível </3
    Posta logo pfvr, to ansiosa p a última parte *-*

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