"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então, você encontra uma pessoa, e a sua vida muda. Para sempre."
(Love & Other Drugs)

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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Capítulo 91: Era pra ter sido assim desde o começo.

Capítulo Anterior:
Eu realmente não quero isso e por isso devo conversar com Dianna o quanto antes e pôr todos os pingos nos I. Confronta-la e dizer que desta vez eu não quero e não vou me afastar de Demetria e não há nada que ela possa dizer ou fazer que consiga realizar tal ato. Desta vez eu não darei tempo para que Dianna esfrie a cabeça e pense para que nós conversemos mais tarde.



Demi’s POV

Terça-feira, duas e vinte e um da tarde.

Depois de duas semanas no hospital, eu finalmente tinha voltado para casa. Estava feliz por finalmente voltar para o meu cantinho, mesmo depois de tantas coisas terem acontecido.
Quando entrei em meu quarto, vi que estava tudo arrumado e havia alguns balões de boas-vindas junto com algumas caixas de chocolate, que Selena mandara. Voltei para casa com minha mãe. Digamos que Nicholas ainda não estava pronto para entrar aqui antes de falar com mamãe.
Ele passou essas duas semanas inteiras comigo e mal trocou palavras com ela, e quando isso acontecia era sempre relacionado á mim, caso contrário os dois nem se falavam. Aliás, eles mal se olhavam. Ver as duas pessoas que eu mais amo se tratando dessa maneira me doía.  Achei que depois de tudo o que aconteceu, a relação deles iria melhorar, mas não. Nicholas confessou á mim que ainda não estava pronto para falar com minha mãe como antigamente e, talvez, isso nem acontecesse – como ele mesmo disse. O fato de eu ter perdido o bebê mexeu muito com ele. Não tiro a razão dele. Mas, agora, a única coisa que eu mais desejo é que eles se entendam e todos nós possamos estar juntos. Como eu sempre quis.

- Nicholas vai te levar pra fisioterapia amanhã, certo? – Mamãe perguntou enquanto saía de meu quarto.
- Sim, mãe. Você já perguntou isso várias vezes. – Respondi e ri baixo.
- É só pra ter certeza. – Comentou. – Hoje começo a procurar um emprego por aqui. – Avisou. Ergui minhas sobrancelhas em espanto.
- Vamos continuar aqui? – Perguntei. Ela suspirou.
- Sim. – Respondeu. – Não estou fazendo isso apenas pelo seu acidente. Mas porque não posso tirar você de perto das pessoas que você gosta e das pessoas que gostam de você. Não é certo. Não seria uma boa mãe se fizesse isso. – Acrescentou triste.
- Isso incluiu Nicholas? – Perguntei com uma pontinha de esperança.
- Hm. – Ela entortou um a boca. – Vamos aos poucos. Ainda estou tentando me acostumar com a ideia. Mas não posso negar que ele realmente gosta de você. Caso contrário não teria feito tudo o que fez por ti até agora. – Respondeu. – Mas vamos com calma, certo? – Perguntou. Apenas assenti com a cabeça.

No minuto em que minha mãe deixou meu quarto, um grande sorriso se abriu em meu rosto. Desta vez ela não disse “não” ou “nunca”, mas, sim, “vamos com calma”. Ou seja, ela está começando a aceitar eu e Nicholas. Não acredito nisso! Por mais que eles não estivessem se dando bem, ela está querendo realmente ceder.

Minha tarde se passou completamente tediosa. Passei a tarde deitada lendo alguns livros e assistindo filmes. A sensação de estar em casa era pior do que estar no hospital, pois no hospital eu sabia que era uma necessidade estar lá. Agora, estar em minha casa, no meu quarto, me deixava quase louca. Queria poder sair, esticar as pernas e talvez até correr um pouco. 

Tentei falar com Selena, mas ela estava ocupada estudando para uma prova e disse que ainda esta semana viria aqui em casa para me ajudar a pôr os conteúdos escolares em dia. Bem, pelo menos eu teria alguma coisa realmente útil para ocupar minha cabeça. Nicholas provavelmente estava no trabalho, adiantando tudo desta semana para me levar a fisioterapia a partir de amanhã. Pedi á ele que voltasse ao trabalho, pois mamãe estava desempregada e poderia me levar à fisioterapia e também porque não queria atrapalhar o trabalho dele. Porém, ele insistiu, dizendo que agora minha mãe precisaria procurar outro trabalho e que ele é extremamente organizado e poderia trabalhar e me levar à fisioterapia. Sei que ele é bem eficiente no que faz, afinal, é o melhor. Só que se ele se ocupasse demais comigo, teria que trabalhar o dobro do que já trabalha para pôr todo o serviço dele em dia.

Seis e quarenta e cinco da tarde.

Bufei pela milésima vez naquele dia. Já havia perdido as contas de quantos filmes tinha assistido só hoje e apesar de eu adorar assistir filmes, isto já estava me irritando mais que o normal. Porém, o que mais incomodava era a dificuldade que eu tinha para ir ao banheiro que era a poucos passos. Não via a hora de começar a fisioterapia, estava tão ansiosa e animada para começar. Não aguento mais esta situação de depender dos outros até parar ir ao banheiro. Sempre odiei ser dependente das pessoas e agora me vejo mais dependente que nunca.  Bem, se eu conseguir ir, pelo menos, ao banheiro sem nenhum grande esforço, já é o suficiente para mim.

Escutei batidas na porta de meu quarto e gritei um ‘entre’. A porta se abriu e minha mãe pareceu entre ela. Ela parecia animada e continha uma sacola do supermercado nas mãos. Caminhou em minha direção e sentou-se na beirada de minha cama, se mantendo distante da minha perna quebrada.

- Como foi seu dia? – Perguntou interessada.
- Foi frustrante. – Respondi cansada. Suspirei alto. – Tive muita dificuldade até para ir ao banheiro. – Comentei triste. Falar isso em voz alta me deixava ainda mais desanimada.
- Calma, querida. Amanhã começa suas sessões de fisioterapia e tudo ira melhorar. – Comentou otimista.
- É, eu espero que sim. – Fiz uma careta. – E como foi seu dia? Arranjou algo de bom? – Perguntei.
- Bem, arranjei um emprego como secretária numa agência de eventos. O salário não é grande como o que eu ganhava na Jonas Enterprise, mas vai ajudar bastante. – Respondeu e sorriu.
- Melhor isso do que nada. – Falei contente. – Estou feliz por você. Não demorou muito pra arranjar um novo emprego e isso mostra o quão eficiente você é. – Comentei orgulhosa. O sorriso dela cresceu em seu rosto. – E tenho certeza que esse novo emprego vai lhe trazer novas experiências. – Finalizei.
- Obrigada, querida. Tenho certeza que vai ser ótimo. – Falou animada. – Ah, trouxe algo pra você! – Falou e retirou da sacola um pacote de biscoitos, que aliás, eram os meus favoritos.
- Deitada e comendo besteira... Vou virar uma bolinha! – Ri e peguei o pacote. Ela riu também.
- Vai nada. – Deu de ombros.

Abri o pacote e peguei um biscoito, comendo-o lentamente enquanto me deliciava no maravilhoso sabor. Ofereci à minha mãe, mas ela recusou. Ficamos em silêncio e percebi o sorriso dela morrendo aos poucos e a expressão séria tomou conta de seu rosto. Estranhei.

- Está tudo bem, mãe? – Perguntei, colocando o pacote de biscoitos no criado-mudo ao meu lado.
- Não. – Respondeu sincera. Ela quem suspirou desta vez.
- O que houve? – Perguntei preocupada. Mais problemas não, por favor. Pensei.
- Falei com sua vó paterna esta tarde. – Respondeu direta. Arregalei meus olhos.
- Que... – Minha fala morreu. Não sabia o que dizer. Nunca esperaria que minha mãe fosse procurar minha vó, mesmo comigo numa situação dessas.
- Falei o que aconteceu contigo. Falei sobre o bebê. – Comentou. – Ela está desesperada pra te ver e eu permiti que ela o fizesse, mas não aqui. Ela ira te ver depois as sessões de fisioterapia. – Acrescentou séria, me encarando da mesma forma.
- Eu não sei o que dizer, mãe. – Falei surpresa.
- Eu e sua vó não nos damos bem, mas você não tem culpa. – Suspirou. – Só não entendo, por que você foi procurar logo ela quando descobriu que estava grávida? – Perguntei e senti tristeza em sua voz.
- Mãe, eu estava grávida do homem que você estava me proibindo de ver. Como eu poderia dizer isto a você? Eu estava morrendo de medo. Ninguém, nem mesmo Selena, que é minha melhor amiga, ou o próprio Nicholas, que era o pai, poderiam me ajudar. Se eu falasse para Selena, ela ficaria mais desesperada do que eu. E se falasse para Nicholas, era capaz dele querer fazer uma besteira. Não queria causar mais problemas a ninguém. – Entrelacei meus dedos uns nos outros. – Vovó parecia à única que iria me ajudar sem me julgar, a única que realmente iria me entender. Eu amo você, mas também amo ela. Amo vocês duas. Não posso viver sem vocês, por isso continuava mantendo contato com ela por ligações, mas sem você saber, é claro. – Confessei.
- Eu cometi muitos erros e por conta desses erros estamos aqui agora. Aliás, por conta destes erros, você está assim agora. Mas saiba que eu amo você, filha. Achei que estava fazendo o certo. Achei que estivesse protegendo você. Mesmo quando estava com raiva das mentiras, eu pensei em você, no seu bem estar. – Ela se aproximou lentamente de mim e segurou minha mão. – Hoje eu vejo que Nicholas realmente gosta de você e estou disposta a respeitar vocês dois. Porém, como eu disse mais cedo, só preciso me acostumar com a ideia. – Acariciou minha mão. – Só espero que você possa me perdoar pelas coisas que eu fiz e disse.
- Você não tem culpa de nada, mãe. Era pra ter sido assim desde o começo. Talvez precisássemos passar por tudo isso para, no fim, nos unir. Eu não tenho que perdoar você, mas você, sim, tem que me perdoar pelas mentiras que eu disse. E sobre Nicholas, eu fico feliz em ouvir isso, pois realmente gosto dele. Aliás, o amo. Mas podemos ir devagar sim. – Falei.


Mamãe deixou algumas lágrimas escorrerem por seus olhos e eu tratei de limpa-las. De repente ela me abraçou. Um abraço de mau jeito, mas confortável e amável. E ali nos braços de minha mãe senti os dias daqui em diante seriam melhores. Conseguiríamos nos entender aos poucos e aos poucos tudo voltaria ao normal. Nada seria como antes e eu nem quero isso, pois daqui em diante tudo seria melhor. 

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Olha quem voltou, babies!!!! Finalmente!!! Que saudades disso aqui!!!! Hahahahaahaa. Então, gente, notebook voltou e eu to tentando pôr todas as fanfics em dia. Vou tentar postar TWC mais de duas vezes na semana, mas tô com um pouco de bloqueio criativo pra escrever o final de TWC (apesar de eu já ter mais ou menos uma ideia do que vai acontecer) e caso eu só poste segunda e sexta-feira, que são os dias normais, não cobrem de mim, por favor. Amanhã também tem capítulo novo de CC e cês já viram que eu mudei a capa principal de lá? Vou mudar as dos capítulos também. Enfim. Espero que gostem e enjoem! Beijocas!

Um comentário:

  1. Apenas palavras não definem. QUE PO*** É ESSA DE SUMIR!!! nunca mais repita isso :3 senti muita falta parecia ate que tinha acabado tudo, capítulo grande admito mas não compensa a falta que fez, passou muito tempo, faz mas isso não. Novos projetos nemi vamos ter bastante imagens nova desses amores. Ai vou matando as saudades e descarregando um pouco aqui pra em cc ser só paz e amor kkk
    Achei que tinha passado tanto tempo que ia esquecer do ultimo capitulo mas eu lembrei direitinho achei que era agora que Nick ja ia falar com a l Dianna. O sorriso quando a Dianna falou "vamos com calma" foi automático e inevitável. Ja ta começando a se encaixar gosto disso. Nick nem deu o ar da graça hoje mas enfim acho tô um pouco enferrujada de comentários decentes mas ja eu volto a ativa também beijos e ate cc
    Ass.: Cys

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